quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Perigo Velado em Sol-Gaol - Aventura 14 - O laboratório de Raiga Falbrásta

 Quando os aventureiros perguntam o que esperar desse labirinto para onde estão indo, Laxis confessa que nem mesmo ele sabe o que encontrarão lá embaixo. 

Ele conta que, há muito tempo, após Kamaltheras ter sido derrotado, uma das grandes responsáveis pelo feito, a maga bélica Raiga Falbrásta tentou convencer o regente de Rinol a criar uma divisão de magos bélicos para proteção da cidade, já que alguns dissidentes e seguidores do dragão ainda restavam na ilha. O regente, com muito medo do que a magia poderia causar em mãos erradas e querendo evitar que um Kamaltheras surgisse entre seu povo, negou o pedido e baniu toda a magia. 


Raiga se retirou então para Viran-Jazelt onde ajudou o conselho daquela cidade a a retirá-la do continente de Sol-Rinol, elevando a cidade às alturas. Novamente, Raiga tentou advertir o conselho a criar uma divisão de magos de combate para proteção da cidade, mas novamente foi rejeitada. Dessa vez, alegaram que, como a cidade estava muito acima de Rinol, os drekanianos jamais chegariam ali. Quando ela continuou insistindo, foi banida da cidade. Ainda assim, por amor ao local e às pessoas, ela escondeu-se em um labirinto subterrâneo de onde trabalhou em segredo para criar um sistema de proteção para a cidade. Poucas pessoas ficaram sabendo disso, e nenhuma delas jamais soube no que Raiga passou seus ciclos finais trabalhando. 


Laxis sabe que ela foi uma maga bastante pragmática então deve ter deixado algo impressionante terminado e muito bem detalhado. Por isso, ele confia que exista algo nesses túneis que poderá salvá-los desta invasão. 


Logo, encontram-se diante de uma porta trancada, mas Melech resolve a tranca de forma ágil, embora ela pareça brincar com ele pois cada tranca liberada abre outra. Quando 4 delas são abertas, a porta finalmente se abre. 


O corredor que se revela termina em um abismo com uma plataforma de vidro. Savria pensa em voar através, mas Laxis a adverte. Raiga deve ter preparado armadilhas pensando nisso, visto que sabia que seus oponentes, os drekanianos, também possuíam asas. Melech decide testar a teoria e atira uma flecha através do fosso, próximo do teto e ela é instantaneamente pulverizada por um ataque e relâmpago. O grupo então decide testar a plataforma de vidro, mas com medo que ela caia ou quebre, amarram uma corda em Nezumi antes dele pisar nela. A medida é inútil já que o namuriano some assim que pisa na plataforma, reaparecendo algum tempo depois, atrás deles, caindo de um portal no teto, com uma intensa dor de cabeça. Nezumi lembra que estava em um labirinto e que após virar uma encruzilhada pra esquerda e depois pra direita, caiu em uma armadilha de espinhos que ele pensou que o impalaria, mas em vez disso, o transportou de volta pra cá. Melech foi em seguida e na terceira bifurcação encontrou uma armadilha que parecia ser sua irmã o chamando. Quando ele avidamente não acreditou, o túnel começou a ruir sob seus pés e ele acabou transportado para a presença dos companheiros, e da mesma forma que Nezumi, sofria de uma terrível dor de cabeça. Era a vez de Savria. Ela pisa na plataforma e reaparece segundos depois, sem se lembrar sequer de ter pisado na plataforma e estranhamente, sem nenhuma dor de cabeça. Por fim, Elurion tem uma intuição e decide desbravar o labirinto. Ele acaba avançando até o fim seguindo todas as bifurcações pela esquerda, fazendo com que ele reapareça do outro lado do abismo, fazendo surgir, junto com ele, uma plataforma sobre o fosso, por onde todos podem seguir com ele. 


O túnel termina em uma sala redonda com uma imensa porta do outro lado e os heróis percebem que ela deve ser uma sala giratória com algum mecanismo. Nezumi tenta atravessar a sala através de uma borda de pedra ao redor do mecanismo, mas acaba acionando um mecanismo que ativa um dispositivo de transporte no centro da sala que traz duas monstruosas criaturas de gancho que, confusas atacam os aventureiros. Laxis se esconde através de Melech, claramente com medo do combate. Nezumi cai em combate mas Melech o tira das garras dos monstros. Savria se transforma em um polvo, o que confunde as criaturas e acaba atraindo os ataques delas. Laxis administra uma poção de cura em Nezumi o que o coloca de volta à ação. Com ataques combinados o grupo consegue derrotar as monstruosidades e torce para que elas não fossem parte do sistema de defesa planejado por Raiga. 


A porta dessa vez se revela uma passagem para uma imensa biblioteca onde uma aparição espectral de cor avermelhada os recepciona: 


- Quem ousa invadir meu santuário? Digam seu nome para que eu possa registrar no hall dos incompetentes que ficarão presos para sempre na estática do meu relógio temporal!


Nesse momento, Nezumi, Savria e Elurion respondem em uníssono: 


- Melech!


A aparição fica meio confusa pela resposta, mas Laxis apressadamente toma a dianteira:


- Raiga? Raiga Falbrásta? É mesmo você? Você ainda está viva?!

- Laxis? Ora, como se você pudesse falar algo de mim! Há quantos séculos você vem se agarrando a esse tomo amaldiçoado, mesmo? Hum? 

- E quem foi que me deu ele?

- Posso dizer foi uma decisão acertada. Você com certeza não tem usado ele para nada exceto ter mais tempo para seus alunos e para ler mais livros, não é? Bom, mas já que veio me procurar, algo na cidade não deve estar certo. Você prometeu nunca vir me perturbar aqui, então me diga. O que há de errado?

- Como você previu, Kamaltheras foi libertado e com ele, seu exército. Precisamos de sua ajuda. Viran-Jazelt está em perigo. Não temos defesas para contra-atacar os drekanianos.

- Sim, eu sempre disse que esse dia chegaria. Mas infelizmente, na minha condição atual, eu não posso ajudá-los muito. Apenas permitir que descansem aqui. Aproveitem a pausa pois ainda coloquei diversas armadilhas antes de vocês alcançarem o meu Aparato. Acreditem, valerá a pena.

- Sua condição... Então... Oh não... 

- Eu não tinha outro tomo amaldiçoado, Laxis. Fiz o necessário para continuar como guardiã desse local. Aguardo vocês na sala do Aparato! Até lá!


Laxis imagina que Raiga se tornou uma memória em uma esfera de cristal, incapaz de interagir com o mundo físico, ou ir muito longe de onde a esfera permanece. 


O grupo decide descansar nessa sala, que parece bastante segura. Entre os combates com os drekanianos e com as criaturas e gancho o grupo já estava ficando sem recursos para continuar. 


Enquanto descansam, Savria encontra uma caixa com um jogo antigo chamado O Jogo dos Seis Irmãos, que consiste de levar linarianos de corda até uma moeda central, liberando as próximas fases e os próximos irmãos. Após 4 fases, o grupo é recompensado com 4 Dobrões Horizontais, uma moeda mágica usada para pedir o favor de Verlarrin, ou, conforme Laxis explica, para convocar o Mercador Dimensional, uma entidade misteriosa que, em troca do Dobrão, oferece poderosas poções mágicas. O grupo decide usar 3 delas, mas Elurion insiste em guardar uma para o dia em que encontrar um templo a Verlarrin.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Perigo Velado em Sol-Gaol - Aventura 13 - A chegada em Viran-Jazelt

 A bordo de Nazca, os heróis localizam e viajam até a cidade de Viran-jazelt, para onde foram todos os solavianos e sevelarianos que habitavam Rinol antes do regente banir a magia. 

O vôo é interceptado por drekanianos montados em vívernas de fogo. Imaginando se tratarem de remanescentes das forças de Folshar, os aventureiros revidam com as armas de Nazca, mas a nave fica extremamente avariada no combate. Já se aproximando da cidade, que aparentemente enfrenta uma invasão destes drekanianos, Savria  escolhe tentar pousar a nave em uma praça sem muitas pessoas. Perseguidos por alguns drekanianos e suas vívernas, eles têm de lidar com esses remanescentes antes de poder tentar avaliar os estragos à nave.

O combate é árduo, mas eles perseveram. Os estragos em Nazca são extensos, mas conseguem contato com Nalvúria através dos comunicadores da nave. Ela poderá ajudá-los a arrumar a nave e Minerva fica responsável por seguir as instruções enquanto o resto do grupo tenta avaliar a invasão que a cidade está sofrendo e o que podem fazer para ajudar. 

Ao se aproximar de uma fonte, encontram um namuriano raposa, agarrado a um tomo, que se aproxima cautelosamente, perguntando se foram eles que caíram com aquela nave na praça central. Ele se apresenta como Laxis e pede ajuda para enfrentar um labirinto subterrâneo onde poderemos ativar as defesas da cidade. O grupo decide ajudá-lo e sob instruções da raposa, ativam uma passagem secreta sob a fonte de água que leva para um corredor subterrâneo. 

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Perigo Velado em Sol-Gaol - Aventura 12 - A negociação com o Regente de Rinol

Exaustos da batalha, o grupo passa alguns dias se recuperando dentro de Nazca, estacionada num bosque, proximo de Rinol. Sávria percebe que algo na natureza do local está errado, é como se algo no fluxo do éter da ilha estivesse em desequilíbrio, possivelmente causado pela explosão da montanha de magma onde ficava a fortaleza de Kamaltheras. Ela se pergunta quais as consequências desse desequilíbrio a longo prazo. 

Já recuperados, o grupo finalmente ruma ao palácio, onde encontram Bereniel e Lerena os esperando logo na entrada. Bereniel esclarece que, como campeões do Torneio da Chama Congelada, eles têm direito a uma audiência com o regente e Lerena o convenceu a ceder essa audiência aos aventureiros como forma de compensação pela Tiara. O grupo agradece e são levados à presença do regente, onde Bereniel explica que estão renunciando à audiência em prol de seu amigos, que desejam conversar com o regente sobre um assunto de extrema urgência. O regente concorda com a troca e se permite ouví-los. Quando o grupo explica que vieram de Sol-Gaol, o regente parece bastante preocupado e pede para que eles voltem mais tarde, no final do dia, depois que ele terminar de ouvir todos os outros solicitantes do dia.

Assim, o grupo, mais Bereniel e Lerena, são escoltados para uma sala onde aguardam a audiência real. Nesse tempo, Bereniel aproveita para abrir-se com eles, e pedir para que fiquem de olho, em suas andanças, por sinais de um importante artefato que ele está procurando, chamado de O Punhal de Kazamir. Ele alega ser uma faca cuja lâmina é feita de uma pedra de opada e o cabo de um translúcido quartzo: um item de rara beleza e poder, unindo os elementos do tempo e do espaço em um mesmo objeto. Ele diz que a "Ordem" está procurando por esse item e quando indagado do que se trata a ordem, Lerena parece desapontada com o irmão. Com um sorriso irônico, ele revela que ele e Lerena fazem parte de uma organização secular, cujo objetivo é proteger e catalogar itens e magias poderosas, com a intenção de removê-las do alcance de pessoas que poderiam se machucar e de vilões que poderiam abusar de seus poderes. Ele convida os heróis a se juntarem à causa da Ordem, esclarecendo que eles precisam jurar não comentar sobre ela com outras pessoas e engolirem um "cristal da promessa" que os "cristalizará" caso infrijam qualquer uma das regras da Ordem, transformando-os em uma pedra de cristal até que outro membro da Ordem venha recolhê-los. Isso acaba dividindo o grupo: Nalvúria, Elurion e Melech parecem muito interessados, já Sávria, Nezumi e Minerva não. Bereniel não força ninguém a se jurar à ordem, mas os três interessados acabam engolindo o cristal, mas, os outros, não. Com isso, Bereniel sorri de forma divertida e alega que agora eles estão sob tutela dele na ordem e é dever deles perseguir e encontrar o Punhal e reportar a ele qualquer progresso nesse sentido. Ele lhes entrega pulseiras de rubi, pelas quais poderão manter um contato telepático. 

A conversa leva um longo tempo e distraídos, não percebem que várias horas se passaram e logo, um guarda vem lhes avisar que o regente está pronto para recebê-los. Bereniel se despede deles e promete manter contato com seus novos aprendizes. Lerena, desapontada com o irmão, apenas congratula os novatos e os adverte para não fazerem nada precipitado, nem falarem sobre a Ordem diante de pessoas comuns. 

Logo, o regente os aguarda, na companhia de seu conselheiro, em uma suntuosa sala de jantar, onde um banquete é servido a eles. O conselheiro confessa que havia discutido recentemente com sua majestade sobre um estranho aparato mágico encontrado nos confis do subssolo do castelo: um Pentacaedro. Após essa descoberta, ele ficou ciente de que algum dia visitantes de outras ilhas flutuantes poderiam aparecer e aqui estão para comprovar. Assim, a conversa fluiu de forma mais fácil, com Nalvuria explicando sobre o Tratado de Não-Agressão e que ela esperava que o regente pudesse se comprometer a, junto com os outros regentes, formar uma força capaz de reestabelecer a ordem em Sol-Gaol e evitar que ela seja usada para fins bélicos. Por fim, o rei se comprometendo a ajudá-los caso os regentes das outras cidades também se dispusessem a honrar o antigo Tratado. Os heróis perguntam se podem usar o Pentacaedro para viajar para as outras ilhas, mas o conselheiro confessa que ele não sabe como o artefato funciona. Nalvúria diz que, de fato, usar um artefato de transporte sem conhecimento, pode enviá-los para qualquer lugar, incluindo locais fatais. Ainda assim, ela pode ceder seus conhecimentos e trabalhar junto com o conselheiro para acelerar o processo de descobrir como o pentacaedro funciona. Enquanto isso, o grupo ficaria responsável por viajar até as outras ilhas e tentar convencer seus regentes.

Com isso acertado, Elurion ainda tenta pedir mais uns itens ou favores com o regente, mas ele não tem os "artefatos mágicos" solicitados. Mesmo se tivesse, a segurança e reconstrução do reino, após a devastação causada pela ressurreição de Kamaltheras, vêm antes dessa empreitada.

De volta a Nazca, prontos para partir, o grupo decide, antes, visitar a cidade flutuante dos solavianos e sevelarianos, Viran-Jazelt, da qual tanto ouviram falar, que fica nas núvens, acima de Rinol. 

Perigo Velado em Sol-Gaol - Aventura 11 - O fim de Kamaltheras

 Descansados, o grupo se prepara para a grande batalha, entrando em um elevador, acionado com uma chave tríplice cujas partes pertenciam aos três mestres da fortaleza, os comandantes de Kamaltheras. 

Durante a descida, Bereniel pergunta a Elurion se ele sabe o que sabe qual a diferença entre magma e lava. Eluiron se lembra que magma é nada mais que a forma física do éter: uma substância líquida, tipo um gel translúcido, altamente carregada e capaz de, em altas concentrações, desintegrar matéria viva. Já a lava é a manifestação física do éter contaminada pelo elemento do fogo, tomando uma forma mais flamejante e gerando nódulos na realidade, de onde nascem os rubis e as grenadinas. Geralmente, os vulcões possuem lava dentro deles, mas este, Bereniel acredita, possui magma, e a alta concentração poderá desequilibrar o tênue controle que Elurion possui sobre si mesmo. O magma do ambiente agitará o éter em suas veias e o fará perder o controle, por isso ele sugere que Elurion use uma pedra de citrino para neutralizar a influência caótica do ambiente sobre seus poderes. Felizmente, Elurion possui uma consigo. 

Assim que o elevador termina sua descida, as suspeitas de Bereniel são confirmadas, e a caverna imensa que se abre diante deles possui o brilho claro e vívido do magma, centenas de metros abaixo de vários pilares de pedra que formam uma escadaria a uma plataforma metálica dentral, ladeada por dois gigantescos rubis, que protegem um imenso corpo de metal na forma de um dragão. Um drekaniano concentra-se diante da criatura, em suposta adoração. Quando o grupo se aproxima, ele se apresenta como Folshar e já esperava por eles. Folshar se integra com Kamaltheras, denunciando a verdadeira natureza do dragão: um imenso e terrível construto, movido pela vontade e pela força vital de seu criador, o drekaniano Folshar. 

O campo criado pelos imensos rubis, transforma o ambiente ao redor deles em lava e o construto a utiliza para convocar pequenos diabos e para restaurar sua energia, além de usar como arma para arremessar nos heróis. Na batalha, Melech acaba aprisionado na mandíbula do dragão mas é salvo por Lerena. Sávria comunga com Arboreen e assume uma forma fantasmagórica de um passaro de chamas verdes capaz de arremessar esferas de energia necrótica contra o monstro. É uma árdua batalha, mas o construto, que ainda não estava de volta a todo seu potencial, acaba destruído e a união com Folshar é desfeita, deixando o drekaniano prostrado diante de sua criação. Antes que eles lhe decepem a cabeça, Folshar destrói os rubis com um comando mágico e a lava começa a se converter em magma rapidamente, causando explosões e tremores energéticos enquanto reclama para si as energias elementais dos rubis. Possivelmente o grupo não sairia de lá a tempo, mas Bereniel lhes apresenta uma saída: ele pode abrir um portal, se Melech lhe entregar a Tiara de Bhal-Razad. 

Sem pensar duas vezes, Melech entrega a Tiara, mas para Lerena, que apenas aceita o adereço. Bereniel então abre um portal de esmeralda por onde eles fogem da caverna que desabava, reaparecendo diante de Nazca onde uma preocupada Nalvúria os espera. Bereniel e Lerena se despedem, abrindo um portal, pelo qual os heróis avidamente passam, tentando forçar os irmãos a revelarem mais sobre sua origem ou sobre o que sabem sobre o pai de Elurion. Bereniel acha graça, mas Lerena fica extremamente preocupada com o prospecto e pede para que reconsiderem, pois esse disparate não acabaria bem para os aventureiros. Sávria entende a situação e acha melhor de fato voltarem. Antes de ir, Lerena entrega a luva que usava para Melech, como forma de compensá-los pela Tiara. 

Com isso terminado, o grupo ruma para Rinol, levando a cabeça de Folshar, na esperança de convencer o regente da cidade que, com a ameaça de Kamaltheras eliminada, eles podem focar no perigo em vista: o domínio de Sol-Gaol por forças militares e em formar uma aliança contra essas forças. 

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Perigo Velado em Sol-Gaol - Aventura 10 - A Fortaleza na Base do Vulcão

Tendo alcançado a localização da Fortaleza de Kamaltheras, o grupo aterrisa Nazca em um descampado rochoso, longe do caminho principal. Lerena e Bereniel saem para fazer o reconhecimento enquanto os aventureiros fazem seus últimos preparativos antes da invasão. 

Quando voltam, os irmãos oferecem duas opções: invadir a fortaleza pela entrada principal, o que seria bastante perigoso, ou tentar explorar um caminho secundário que parece levar através de uns túneis, que talvez tenham conexão com a fortaleza de alguma forma. 

Não ansiosos para combater os hijalianos que encontraram em sua chegada, o grupo opta pelo caminho secundário. 

O caminho sinuoso termina em uma grande área de mineração, onde acham uma longa escadaria para subir, além de um túnel que deve levar mais adentro das instalações. Ignorando o que quer que houvesse no final daqueles túneis, o grupo ruma para as escadarias que os levam até um longo corredor. Após passarem várias portas, seu progresso é impedido por largas barras de metal, supostamente ativadas por uma alavanca que parece estar sem energia para abrí-las. Assim, o grupo decide investigar as portas que ignoraram, atrás de um meio de continuar adiante. 

Descobrindo o início de uma intriga ancestral entre os líderes deste complexo, o grupo consegue consertar um antigo sistema de energização do local, o que faz com que algumas das portas voltem a funcionar através das alavancas, incluindo as barras no corredor. Temendo terem revelado sua localização, já que o reator deve ter feito com que mais locais da fortaleza tenham recebido energia, o grupo continua de maneira mais catelosa adiante. 

O corredor temina em uma escadaria larga que desemboca em um imenso salão de entrada, onde uma hoste dos hijalianos que encontraram anteriormente atravessam os portões gargantuanos do local. As criaturas em marcha os ignoram completamente e quando finalmente terminam de entrar na fortaleza, dirigindo-se a um corredor na direção oposta de onde o grupo estava, os aventureiros ficam livres para continuar sua exploração do local. 

Evitando o caminho tomado pelos soldados, o grupo encontra outros corredores que revelam um laboratório antigo, onde as armas dos soldados de Kamaltheras eram confeccionadas. 

Eles também descobrem mais a respeito da antiga trama de intrigas entre os líderes deste local. Entre estas antigas anotações, descobrem um mapa ricamente anotado e detalhado do local, feito por uma infiltrada de Rinol que tentava dar um basta em Kamaltheras e seus exércitos se passando por uma destas líderes que acabou traída por um de seus subalternos. Ainda assim, a história registra que seus esforços acabaram sendo fruitosos, visto que os exércitos de Kamaltheras foram, de fato, derrotados. 

Segundo as anotações deixadas por esta infiltrada, o segundo nível da fortaleza deve conter os aposentos de Folshar, o "Pai dos Exércitos", responsável pela criação dos hijalianos que compunham suas hostes. 

Cautelosos sobre o que poderão encontrar ali, mas ainda assim precisando encontrar alguma indicação de como chegar à câmara principal onde Kamaltheras deve estar se recuperando antes de seu novo ataque à Rinol, o grupo decide explorar esse nível em busca de pistas. 

Recepcionados por armadilhas e estranhos construtos, o grupo encontra um nível vazio e descobrem a Tiara de Bhal-Razad, responsável por fazer com que a infiltrada conseguisse se passar por uma drekaniana verdadeira e enganasse o próprio Folshar. 

Melech usa o adereço e imediatamente ele é transformado em um drekaniano completo. Lerena reconhece o artefato, mas não revela muito sobre ele. O grupo também encontra uma chave e indicações para os níveis mais inferiores da fortaleza, onde Kamaltheras deve estar.

Exaustos, o grupo decide fazer um descanso antes de continuarem para o que deve ser a batalha contra um dragão ancestral.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Perigo Velado em Sol-Gaol - Aventura 09 - A Ressurreição de Kamaltheras

 A luta final do torneio coloca o casal de sevelarianos contra um gigante musculoso que o anunciador conclama como sendo o "Grande Dragão", vitorioso no torneio do  ciclo passado.  Apesar da grande força e perícia do gigante, a destreza e habilidade dos gêmeos, mesmo algemados um ao outro, acabam sobrepujando o oponente. Com a vitória declarada, o rei lhes pergunta qual recompensa desejam e ambos concordam que apenas uma audiência com ele já bastaria. 

Com a promessa do prêmio pelo rei, ele se prepara para a fase final do festival. Uma procissão se forma ao redor da comitiva real, saindo do palanque do torneio. Durante toda a agitação, o rei, abana para a população, vigiado de perto por seu conselheiro real. 

Quando o realejo finalmente se coloca em movimento, toda população atira petalas de rosas para cobrir o trajeto. 

- Não podemos esquecer que toda essa paz que conquistamos veio de uma batalha onde muitas vidas foram perdidas - diz uma mãe para seu filho - Essas petalas significam o sangue daqueles que deram a vida para construir esse nosso futuro. 

A comitiva chega à praça central de Rinol, onde o rei sobe as escadas espirais de um elevado monumento de mármore róseo, que culmina em um púlpito com asas às suas costas, concedendo a sua majestade uma aparência divina. Ele então começa seu discurso:

- Estimado  povo de Rinol. Estamos aqui reunidos hoje para relembrar a saga da Chama Congelada. Relembrar que um único drekaniano foi capaz de acumular e manipular tanto poder mágico que o elevou acima do alcance de qualquer força mortal. Que isso seja um testamento e uma lembrança do que tamanha força pode fazer nas mãos de pessoas cobiçosas. 

Nesse momento, o rei ergue uma grande esmeralda no formato de uma lanterna e a aponta para os céus. Imediatamente, um raio viridiano cintilante dispersa as nuvens, derretendo a realidade e arrastando através das dimensões celestiais um enorme rochedo de rubi que se materializa em meio ao dourado do ocaso. 

- Mas também, que ninguém aqui se engane. Foi a magia que nos concedeu a vitória sobre nosso pior pesadelo. Que toda essa saga seja um alerta e uma lembrança do motivo pelo qual banimos o estudo de tais forças: para que nunca mais precisemos lidar com vilões como Kamaltheras e com conflitos como o da Chama Congelada. Nós, filhos de Hanagon,  juramos preservar a paz e a justiça sobre essas terras. Que a benção dele seja o que nos basta, hoje e para sempre! 

Subito, de trás da imagem do rochedo cristalino, surge uma imensa face de pedra. Incólume e apática, ela declara:

- Povo de Rinol! Estou desapontado com seu modo de vida relaxado e lascivo. Vocês se tornaram uma mera sombra dos fortes guerreiros de outrora. Está na hora de relembrar seu passado e trazer a tona aquele espírito guerreiro! 

Sem mais, um raio translúcido emana dos olhos da visagem pétrea, acertando em cheio a prisão de rubi. Pedaços do cristal começam a cair e a estrutura toda aos poucos se desfacela enquanto um rugido primordial rasga os céus. 

Há um brilho carmesim antes de uma forma draconica imensa surgir triunfante entre as nuvens, coroada em uma auréola de chamas escarlates. 

- Finalmente! Eu estou livre! Tolos mortais! Vocês sentirão a ira de Kamaltheras!

Os céus tempestuosos se fecham e esferas flamejantes chovem na cidade. A população em pânico conheça a correr para todos os lados, sem saber para onde fugir. O conselheiro real ergue um centro de diamante aos céus e uma cúpula cristalina se forma, dissipando em poeira um meteoro que viria na direção da praça, salvando o rei e as pessoas ao redor. A situação é alarmante e desesperadora. 

Nesse alvoroço, um exército de procanianos e morgavianos vermelhos invade a cidade, vindos não se sabe de onde. O grupo, que estava próximo ao rei, decide defendê-lo, na esperança de que ele aceite ouví-los após isso. Entretanto, Nalvúria os convence de que eles não deveriam ficar para lutar contra números tão imponentes e que a guarda da cidade saberá lidar melhor com a situação. Ela implora que eles fujam para pensar melhor no que fazer a seguir. Assim, em fuga, o grupo encontra os irmãos sevelarianos que estavam próximos, ouvindo o discurso do rei. Eles reconhecem o grupo e, intrigados, decidem seguí-los para ouvir o que eles têm a propor sobre como lidar com essa situação. 

O grupo volta a Nazca e os sevelarianos ficam impressionados com a antiga nave de transporte se encontrar em tão bom estado. Ainda assim, parece que eles reconhecem esse tipo de tecnologia, ou já tiveram contato com ela antes, pois entendem como ela funciona, o que faz com que o grupo suspeite que eles estão escondendo algo. Quando indagados sobre isso, eles admitem que sim, mas que é melhor que o grupo não saiba muito sobre eles, para seu próprio bem. Eles garantem que estão aqui não como inimigos, mas como aliados contra Kamaltheras e irão ajudá-los com isso.

Incomodados com a alegação, ainda assim o grupo decide aceitar a ajuda deles. Nazca consegue rastrear a direção que Kamaltheras tomou analisando um distúrbio invisível de éter deixado pelo movimento do dragão na atmosfera. O grupo dirige a nave até os pés das montanhas no fim do Caminho Morto, onde um grande vulcão se encontra: a antiga base de Kamaltheras, de onde ele planejou e ordenou a invasão a Rinol. 

Agora sabendo onde seu algoz se encontra, o grupo se prepara para invadir a fortaleza de Kamaltheras.

Perigo Velado em Sol-Gaol - Aventura 08 - Os Alvos do Inquisidor

Preocupados com os nomes presentes na lista de Engelbert, o grupo se apoia nos favores de Garala e Aranis e utilizam Spreri e Nilka para ajudá-los a se movimentar pela cidade e obter itens necessários.

Primeiro, o grupo decide visitar o jovem Cairo, a quem a lista imputa o crime de "ser um feiticeiro radiante". 

No caminho, eles percebem um estranho grupo de pessoas encapuzadas e Melech reconhece que se trata de um grupo de elite da milícia de Sol-Gaol. O que eles estariam fazendo aqui é um mistério, mas o grupo decide manter-se discreto e evitar confusão. 

Eles encontram a casa de Caio e após perseguí-lo em fuga aos esgotos, esclarecem que não estão ali para captura-lo e sim para ajudar. Eles confiam a guarda dele a Nilka, que promete levá-los a Aranis para proteção. 

Savria e Elurion decidem ir junto, pois os esgotos podem ser perigosos, enquanto que Melech, Minerva e Nezumi se dirigem à residência do senhor Bavalo para confirmar se o mercador possui mesmo o tal espelho encantado. 

Através de uma encenação sobre querer "abrilhantar" a sua fantasia de dragão com tecidos especiais, Melech convence o mercador a lhe mostrar quão incrível ele ficaria com tais tecidos à frente de um enorme espelho corporal em uma belíssima moldura de ouro e rubis. Fica claro, após a atuação do mercador, que o espelho possui mesmo tais propriedades quando Melech é enfeitiçado a pagar muito mais do que previa pelos tecidos. Nezumi o salva do transe hipnótico dando umas boas palmadas na cara dele, mas ele acaba pagando a mais ainda assim para que o mercador não suspeite de nada. 

Enquanto isso, no esconderijo dos Estrelas Negras, Sávria interage com uma mãe que veio pedir ajuda a Aranis para salvar seu filho doente. A druida se compadece e entrega uma poção de cura para a moça, que agradece imensamente. 

Do outro lado, o grupo decide tentar invadir o ateliê quando o mercador e sua esposa saem para prestigiar o festival. Entretanto, enquanto esperam o anoitecer, o bando de elite que haviam visto mais cedo cerca a residência, guardando o local. 

Os heróis suspeitam que esse grupo está trabalhando em conjunto com a inquisição e estão ali para captura-los, possivelmente alertas pela confusão causada na casa de Caio, o que deve tê-los alertado para o fato de estarem seguindo a lista de Engelbert. 

Mesmo assim, decidem que vale a pena tentar sobrepuja-los já que o espelho é um item bastante perigoso, principalmente nas mãos da inquisição ou dos soldados de Sol-Gaol. Por isso, uma batalha épica se inicia. 

O grupo comunica a Sávria e Elurion seu plano através do comunicador e os dois passam a se dirigir rapidamente ao local. 

O combate tem início e os heróis se sentem confiantes quando Melech deita um dos guardas com uma flecha certeira. Isso se revela apenas um golpe de sorte pois o grupo rapidamente sente a pressão do treinamento de elite dos guardas. 

Mesmo com Elurion afugentando o líder mecânico deles com um poderoso relâmpago, os heróis encontram-se derrotados, exceto por Sávria, que foge para os telhados tentando pensar em algo.

Um último soldado que ainda resiste, pega Melech pelo pescoço e ameaça cortar a cabeça dele caso a solaviana não se revele imediatamente. Sávria em um ímpeto desesperado atira uma lança que atravessa o rosto do soldado, liberando Melech e salvando o grupo. 

Evitando a comoção que se forma no local, Sávria reúne o grupo no telhado de uma casa e pede a Nalvúria ajuda para recolher o pessoal e levá-los a Nazca, onde podem se reagrupar e recuperar. 

Reunidos na área de saúde da nave, após acordarem dos tratamentos, Minerva tem um momento de fraqueza e se abre com o grupo, pedindo desculpas por não ter conseguido protege-los do perigo. Todo o grupo se aproxima mais da guerreira, especialmente Melech que se abre com Minerva dizendo que ela se parece muito com a irmã dele e entrega para ela um colar que foi da irmã. 

Nalvúria pede para que não sejam mais tão impetuosos e compartilha com eles que, em sua ausência, o máximo que conseguiu pensar foi em voltar ao festival para acompanhar o torneio de luta, onde uma dupla de sevelarianos estava vencendo. Intrigados em talvez se tratarem dos dois que encontraram anteriormente, o grupo decide ir com Nalvúria assistir às últimas lutas.